Sonetos Azuis
Sonetos Azuis
Sonetos Azuis
Rafael Brito
Não te aguento amar assim,
Que o mal passa,
Que saudade minha de mim,
Com você o amor se faça
Que parece que ainda não passa,
Amor que morre vivo e amassa,
Assim não pode ser o fim,
Que ainda goste de mim o querubim
A tarde que tarda mas passa,
Que de você tudo pede,
“Dias iguais se “repete””
De sozinho na massa,
De que o ar não mede,
“Dias iguais se “repete””
II
De que amanhã não é o bastante
De tanto quando que te quero
De querer voltar como um elefante
De tamanho o amor de que te quero
De hoje não te achar
O que de tudo de você acho
Só te vi pra me apaixonar
De não só escrever por você faço
“Descobridor dos sete mares”
Que me ouça até ao sonhares
Que já de em ti pensar o dia não me basta
De soldado de mar e ases,
De não ouvir o que fazes
Quando a saudade da solidão me afasta
III
De quero-quero quero
De bolear num bolero
De chorar até não mais
De sonhar e o que você faz
De sermos e não estarmos
De por ai andarmos
Sem o que é estar
D’eu estar no lugar
De que você é logo ali
De te ver quando não te vi
De chorar pra não morrer
De viver morto
De falar solto
De sofrer pra sofrer e não mais sofrer
IV
De estar perto e tão longe
De querer fugir e chorar
De pegar um avião ou uma ponte
Pra correr e te abraçar
De enlouquecer um monge
De não bastar olhar e falar
De me fazer Rei e Conde
De não saber de tanto amar
De chover de não estar
De querer o sol adiantar
De ti só pra mim
De sair pra ver e mergulhar
De chegar e nem olhar
De pobre a Aladdin
V
De saber que você sabe o mar
Eu que peço Iemanjá
Que eu chego lá
De querer e querer amar
De você me querer salvar
De saber que eu chego já
De que as vezes nem aqui nem lá
De saber nós “apaixoná”
De no teu bole balançar
Que fiz começar
De que tanto fiz e quero de novo ver
De não me aveixar
De não me calar
De não me apetecer e não me esquecer
VI
De que “o mundo não é o bastante”
Num amor do tamanho de um elefante,
De que quem chora sou eu,
Mas o meu sofrer você sofreu,
De um coração parado errante
de querer te parar num instante
de todo tempo teu
dos “seu” problema meu
Do teu olhar falante
Do mesmo como antes
Que não me esqueceu
De querer mais que o bastante
De jurar sangue
E vencer o que aconteceu
VII
“Vesti azul e minha sorte mudou”
Caí no caldeirão da poção do “amô”
“Disse ao povo que fico”
“até da figueira o figo”
Do que nunca acabou
E também de não te ver a “dô”
Grito o que digo
Você comigo
De te querer e toda cor
De saber seu sabor
Sou também amigo
De saber torcedor
De vento soprador
Repita o que sigo
VIII
Nào consigo não te ver,
De tão grande o meu sofrer,
De não saber sem você viver,
De não saber outra coisa a não ser te querer
Não consigo te ver sofrer,
De você sofrer, sofro mais eu,
De querer seu sofrimento todo meu
Quero com você alguma coisa fazer,
De seu tempo um pouco meu,
E na vida ser amigo seu,
Acima de tudo, eu não quero te incomodar,
Saio voando se precisar,
Voando a chorar, pois sou o que mais quer com você estar
https://andareconcuore.blogspot.com/
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